quinta-feira, 31 de maio de 2012

Vídeo com imagens de Afrodite

Este vídeo mostra diversas imagens de Afrodite, com uma linda melodia de fundo.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Aphrodité - Poesia



Vinda da espuma do mar
Nasceu Aphrodité
Linda, contemplante, serena,
Na luz do luar ...

O vento Zéfiro a soprou,
As Horas a ornaram,
E levaram-na para Citera
Onde lá reinou ...

Muitos amantes teve,
Mas poucos compreenderam-na ...
Amou Ares, Adônis, Hefesto, Hermes,
Levando amor e beleza a todos eles ...

As Musas, as Graças e Eros à acompanham
Levando o amor e a sedução,
Tamanha é a beleza de Aphrodité,
Que todos querem a sua afeição.

Deusa Linda é Aphrodité,
Abençoados sejam os que vêm até Ela,
Tragam a beleza e o amor aos teus caminhos,
E Aphrodité os acompanhará até Citera.

Autora: Esthefany M. E. de Andrade



quarta-feira, 9 de maio de 2012

Criando Beleza


Criando Beleza
Escrito por Maggie Tapert   
Virgem Sagrada era o título das sacerdotisas prostitutas de Ishtar, Asherah ou Afrodite. O título não significava virgindade física, mas ausência de casamento (não pertencer a homem algum). A função de tais virgens sagradas era dar graças à Deusa, através da adoração sexual, para curar, profetizar, praticar danças sagradas, chorar pelos mortos e se tornar Noivas do Deus." - Enciclopédia dos Mitos e Segredos da Mulher, Barbara G. Walker

A tensão na sala era claustrofóbica. Havíamos estado juntas à vários dias, nos preparando para o momento em que daríamos as boas vindas a uma estranha em nosso meio. Mantendo nossa tradição, havíamos arrumado a sala para nosso ritual, removendo móveis e toda tralha desnecessária que poderia nos distrair do foco de nossa intenção e desígnio. Cuidadosamente varremos o lugar, dispersando poeira, sujeira e toda energia negativa. Havíamos acendido longas velas vermelhas em candelabros de latão e as dispusemos estrategicamente ao redor da sala. O altar estava coberto de aveludadas pétalas de rosas vermelhas, o incenso queimava e os colchonetes haviam sido arranjados de modo a formar um grande círculo no meio da sala e estavam cobertos com sensuais tons de vermelho, laranja e dourado. O sol estava se pondo e a noite apenas começando. A sala escurecia gradualmente, à medida que a luz do dia dava lugar ao brilho mágico da luz das velas. As mulheres se deram as mãos em um círculo, usando suas elaboradas máscaras, com suas capas artisticamente drapeadas sobre seus ombros nus. Elas pareceram bonitas para mim, minhas sacerdotisas aprendizes, seus olhos brilhando de excitação através de suas máscaras. Senti orgulho delas, cada uma delas adquirindo autoridade à medida que tomavam seus lugares no grande círculo da vida, aceitando seu papel de liderança como mulheres "despertas" espiritualmente. Esperei na entrada da sala, enquanto minha assistente liderou os homens ao nosso círculo ritual. "Respirem!" Lembrei às mulheres e uma risada suave surgiu entre o grupo, consciente que a antecipação ansiosa as havia feito prender a respiração. *** Marianne era virgem aos 56. Ela devotou sua vida profissionalmente aos cuidados dos idosos, enfermos e moribundos - dando banho, alimentando-os e tratando deles, observando todas as suas necessidades e, quando sua hora chegava, auxiliando-os a passar pela morte. Seu papel de zelo definiu sua vida e ela aceitou isso, mas ela parecia fora de compasso com a energia jocosa e por vezes estática que eu percebia nas outras mulheres com quem eu trabalhava. Eu enormemente admirava e respeitava as qualidades que ela exibia como "Sacerdotisa da Morte", mas ao longo do tempo notei uma máscara emocional que ela usava para esconder algo que faltava, que estava inacabado ou incompleto nela. Quando estávamos juntas, ela ocasionalmente vestia algo que ela considerava como a exteriorização da feminilidade: colares de conchas chacoalhantes em volta de seu pescoço, combinando com enormes e coloridos brincos balouçantes; batons de vermelho vivo e meias arrastão pretas, num contraste doloroso com vestidos caseiros, sem forma definida, que caiam de seus ombros pequenos. Ela parecia ansiar por alguma expressão de feminilidade, mas a aparência externa que ela criou em tais momentos era mais esquisita do que elogiável. Seu cabelo cortado curto e seu corpo pálido negavam a maturidade de sua idade. Sua vulnerabilidade e delicadeza interior eram disfarçados por uma voz desconexa e a maioria das vezes alta demais.
Embora ela tenha experimentado muita da condição humana e conhecia um bocado sobre os acordos da vida e morte, ela nunca havia experimentado a intimidade com um homem. Ela me disse que quando era jovem, houve um ou outro flerte ocasional, mas nada além disso, por causa das expectativas agressivas dos homens e seu próprio medo pelo desconhecido poder da sexualidade masculina. Ela permaneceu até esse dia, em todo o sentido da palavra, uma virgem. Ela gostava de sua independência e valorizava sua própria sexualidade, mas ela nunca compartilhou seu corpo, nem recebeu o toque amoroso de outro ser humano, seja homem ou mulher.
Quando ouvi sua história, perguntei se ela tinha curiosidade a respeito dos homens ou se ela desejava experimentar a energia masculina, para saber como o sexo com um homem era realmente. "Ah, claro!" ela respondeu com sua voz rouca. "Mas eu sei que isso nunca vai acontecer. Os homens não sentem atração por mim e eu não acho que isso vá mudar". Perguntei se ela estaria aberta a experimentar a energia masculina num ambiente seguro, caso eu pudesse garantir que ela não se machucaria ou seria rejeitada. Recebi sua resposta pelo correio uma semana depois. Numa carta de quatro páginas, escrita a mão, ela me assegurou que ela realmente gostaria de experimentar os homens, para aprender como o sexo com eles seria. Ela escreveu dizendo não ter nenhuma expectativa ou limitações com relação a isso, mas que simplesmente confiava que eu criaria um espaço seguro para ela receber o que um homem poderia oferecer. Eu estava maravilhada com sua curiosidade e coragem - ela estava simplesmente aberta a uma nova experiência, sem fazer exigências ou sequer preservando sua vulnerabilidade. *** Pedi a cada mulher do grupo para selecionar e trazer de casa um pedaço da mais fina seda branca para o ritual. Durante a tarde, enquanto preparávamos o espaço ritual, Karin, que era muito talentosa com a linha e a agulha, costurou os pedaços de seda juntos, para fazer uma túnica de noiva para Marianne. Sem cortar o tecido, ela simplesmente ancourou os pedaços juntos para formar um lindo e elegante vestido que servisse a essa ocasião auspiciosa. Ao final da tarde, logo antes do por do sol, todas nós demos banho em Marianne e depois oleamos e massageamos o seu corpo, ajudando-a a relaxar e aterrar sua energia. Uma mulher arrumou o seu cabelo e outra a maquiou e perfumou sua pele alva e macia. Enquanto acendíamos as velas ao redor da sala, ela colocou uma máscara de puro branco e as mulheres gentilmente colocaram a túnica sobre seus ombros. Ela irradiava uma elegância silenciosa que eu nunca havia visto nela antes. Formamos um círculo ao redor de Marianne e chamamos por Afrodite, mãe da beleza, por Suas bênçãos e proteção durante a noite. O silêncio caiu na sala e nós estávamos prontas para começar.
Silêncio era regra em nosso Templo. Como alta sacerdotisa, eu era a única que podia falar nesse ritual. Todas as mulheres e homens convidados eram instruídos a permanecer em silêncio - permitindo que suas ações e sua energia fossem os únicos meios de comunicação por toda a noite. A música foi cuidadosamente selecionada, a fim de apoiar o clima no local. Naquele momento, era um som mágico e melodioso que vinha através das caixas de som, calmo e sensual ao mesmo tempo.
Através dos anos que eu trabalhei com homens e mulheres, o Templo evoluiu e mudou. Anos atrás, entendi que o Templo era um lugar para homens que procuravam cura espiritual e sexual das mulheres que seguiam o alto chamado da Prostituta Sagrada. Por muitos anos aproveitei a experiência de estar nesse papel também. Aprendi muito e foi uma oportunidade para afinar meus talentos como uma curandeira sexual. Ao longo do tempo, conheci homens que estavam prontos a trilhar esse caminho, usando seus predicados ao serviço das mulheres e à evolução espiritual feminina. Não há muitos homens no mundo que estão aptos a seguir esse chamado. Para essa noite em particular, selecionei homens fortes em seu estilo e expressão pessoal, mas unidos na intenção de trazer o arquétipo masculino da Prostituta Sagrada ao tempo e espaço real. As sacerdotisas nunca haviam visto esses homens antes e eles iriam embora ao fim da noite sem dizer palavra ou revelar sua identidade.
Eles se aproximaram do espaço sagrado - três homens vestidos de negro, seus rostos escondidos atrás de elegantes e máscaras de couro preto. Esses eram os melhores do meu time masculino, selecionados através dos anos em função de sua graça física e sua devoção e amor às mulheres. Eles vieram ao Templo não para agradar a si mesmos, mas para servir e honrar à Deusa e para dançar com Suas sacerdotisas. Enquanto atravessavam para o nosso espaço mágico, cada homem silenciosamente me reverenciou e tomou seu lugar ao fundo da sala, fora do círculo de sacerdotisas. Levantei meus braços aos céus e comecei minha invocação:
"Todos agradeçam à Deusa Afrodite, em cujo Templo sagrado estamos reunidos. Nós reconhecemos a beleza e alegria que vêm de Sua generosa mão! Amados irmãos, minhas sacerdotisas lhes dão as boas vindas a esse Templo, criado por mulheres como um símbolo de nosso poder e autoridade espiritual. Observem nossa irmã que é virgem. Ela está pronta para conhecer um homem pela primeira vez. Amem-na. Toquem-na profundamente. Acendam o fogo de seu amor. Nós a confiamos aos seus cuidados. Que a dança da alegria comece!"
As mulheres se sentaram na fronteira externa do círculo de acolchoado, com Marianne de pé, no meio, ainda vestida com sua máscara e túnica brancas. Um por um, eu peguei os homens pela mão e os guiei para dentro do círculo, de modo a formarem um anel apertado à volta dela. Eles ficaram de pé, parados por alguns minutos, simplesmente irradiando sua presença fálica. Então, um dos homens abriu a túnica dela e a deslizou gentilmente sobre seus ombros, colocando-a ao lado dela, no colchonete. Ela ficou parada em meio a eles, insegura e excitada ao mesmo tempo. Um dos homens a deitou sobre o colchonete e eles começaram a gentilmente tocá-la e acariciá-la. De forma desajeitada e insegura naqueles primeiros momentos, ela tentou ser recíproca, para dar algo em retorno aos homens. Eu me abaixei e sussurrei em seu ouvido, "não faça nada, apenas receba". Olhando para mim, ela suspirou de alívio e começou a relaxar. Ela ficou deitada em deliciada aceitação e começou a aproveitar as mãos amorosas que a tocavam. Os homens a abraçaram, seguraram, acariciaram e tocaram-na gentilmente, em todas as possíveis variações. Olhei em volta e percebi que, assim como eu, as outras sacerdotisas estavam em estado de adoração. Ficamos focadas e quietas, enquanto testemunhávamos aquele excitante ato de amor. Criar esse espaço e tornar isso possível para Marianne foi verdadeiramente mágico. Mais tarde, os homens se encaminharam aos seus respectivos lugares, que havíamos preparado para eles, fora do círculo de mulheres. As sacerdotisas assistiram de seus lugares quando Marianne atravessou para o local do homem de sua escolha, deitou em seu colchão e, pela primeira vez em seus 56 anos, sentiu um homem entrar profundamente em seu corpo. Ela cruzou as pernas sobre suas costas e se abriu para recebê-lo. Nós a assistimos derreter silenciosamente em seu profundo abraço de amor, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Mais tarde, ela sentou ao seu lado, nua à luz das velas e acariciou seu pau gentilmente, sorrindo maravilhada pelo modo que ele dançava em sua mão.
No dia seguinte, quando somente a memória da visita dos homens restava, sentamos juntas, dividindo o que havíamos experimentado na noite anterior. Karin removeu as costuras que uniam a túnica de casamento numa só peça e ouvimos Marianne descrever sua experiência em detalhes. Ela estava radiante enquanto falava. Ela parecia transformada. Ela brilhava. Sua voz era gentil e ela estava cheia de alegria e agradecida a todas nós por mantermos o espaço e tornarmos isso possível para ela. Enquanto Marianne falava, Karin silenciosamente devolveu os pedaços de seda branca para cada uma das sacerdotisas, a fim de que as mulheres pudessem ter uma lembrança do período mágico que tivemos juntas no Templo. Cada uma de nós refletiu, em silêncio, sobre o momento em que, há muitos anos atrás, nos abrimos ao nosso primeiro amante. Aquele momento de nosso passado, no começo de uma jornada de vida no mundo dos homens. Para a maioria de nós, não foi parecido com isso, cheio de beleza e apoio de amigos queridos, planejado, cuidadoso, consciente e alegre. Não, não foi desse modo para nós, mas estávamos conscientes que agora tínhamos o poder de redefinir tais momentos, através da criação de inovadoras experiências curadoras umas para as outras. Mantendo uma à outra no sagrado círculo do amor foi o nosso contrato como sacerdotisas e a expressão da energia feminina criadora e regeneradora. À medida que aprimoramos o poder feminino, nos livramos do peso do passado e abrimos espaço para as alegrias do agora. *** Para as sacerdotisas de hoje, o Templo desabrocha em frescor, enquanto alimenta nossas raízes no chão fértil de uma linhagem antiga. Apenas após esse evento com Marianne, eu percebi o poder transformador posto à disposição para as mulheres nesse tipo de espaço sagrado, independente do assunto por lá tratado. Testemunhei o nascimento de uma nova visão da evolução e cura femininas, bastante diferente da programação e agendamentos dos homens em nossas vidas. O Templo se fundamenta sobre nossa vontade de evolução enquanto mulheres espiritualmente despertas, através de atos sagrados de amor ritual. É um convite para irmos além do pessoal, para dentro dos mistérios do transpessoal. Todo Templo é diferente. A liturgia muda, de acordo com as estações do ano, na presença de nossas necessidades pessoal, com a energia do momento. Porém, quando pisamos no espaço sagrado do Templo, nos pisamos sobre um caminho não convencional de espiritualidade feminina. Somos abençoadas por descobrir a antiga conexão que nos une como irmãs e somos energizadas por uma força spiritual que nos ancora nos dias de hoje. Que o Templo possa se erguer novamente, nascido da beleza, construído pelo amor - uma celebração terrena das mulheres infundidas de espírito, as sacerdotisas da alegria.
Blessed Be.

domingo, 6 de maio de 2012

Bolo do amor de Afrodite


Esta é uma das receitas amorosas e mais gostosas de Afrodite, eu mesma fiz e fica uma delícia, então pegue os ingredientes e mãos a obra!!
Ingredientes
Massa
1 xícara de (chá) de chocolate em pó ou achocolatado* (Fica melhor com chocolate mesmo, do tipo Dois Frades);
2 colheres de (sopa) cheias de margarina ou manteiga;
2 xícaras de (chá) de farinha de trigo;
1 colher de (sopa) de fermento químico em pó;
4 ovos;
1 xícara de (chá) de leite* ( de preferência em temperatura ambiente);
2 xícaras de (chá) de açúcar* ( caso opte pelo chocolate em pó, se não, não utilize açúcar);

Cobertura
1 lata de leite condensado;
1 colher de (sopa) de margarina ou manteiga;
5 colheres de (sopa) de chocolate em pó ou  3 colheres de (sopa) achocolatado;
1 colher de (sopa) de amido de milho* (maisena);
1 pacotinho de chocolate granulado
1 xícara de (chá) de leite

Modo de Preparo
Olhando pelos ingredientes parece um simples bolo de chocolate, mas a diferença está justamente no preparo, pois a energia pessoal influencia  e muito no preparo do bolo, então lá vai, concentre-se bem na figura do amor e no que ele signifique para você, chame por ele e invoque Afrodite, peça a Ela uma ajuda no preparo do bolo, que ele sirva como instrumento do amor e beleza para você e para todos aqueles que dele se deliciarem, agradeça a Ela pela ajuda e ofereça o bolo a Ela, como forma de demonstração de amor, em seguida coloque todos os ingredientes da massa em uma tigela ou bacia, um por um, enfatizando cada vez mais o amor presente em você e em sua energia, depois bata todos eles, de preferência bata manualmente, pois assim terá um resultado melhor no bolo e ainda de quebra, coloca sua energia nele. Após bater tudo, unte uma forma com margarina e chocolate, para que o bolo não grude na forma e não fique aqueles branquinhos da farinha de trigo no fundo do bolo. Pré aqueça o forno e em seguida coloque o bolo no forno. Enquanto o bolo está assando, faça a calda do bolo em uma panela, coloque o leite condensado, o leite, o chocolate, a margarina e mexa tudo, no final acrescente a colher de maisena para dar consistência a calda. Veja se o bolo assou espetando um palito de madeira na massa, se o palito sair limpo, o bolo está pronto. Depois do bolo pronto, cubra com a cobertura de chocolate e em seguida, regue o bolo com chocolate granulado.
Sirva o bolo com muito amor e muitos beijinhos.
Beijoo 
Esthefany :*

Presentes e Oferendas para Afrodite



Olá a todos(as), meu nome é Esthefany, sou escritora do blog O Reino de Aphrodité e sacerdotisa da Deusa Afrodite. A Deusa veio até mim de todas as maneiras possíveis; sempre senti uma forte atração por Deuses do mesmo panteão dela, o panteão Grego, seus símbolos, seus mitos, seus arquétipos e toda a beleza que estes Deuses possuem, mas nunca imaginei que Afrodite gostaria de me ter como sacerdotisa, ao contrário, imaginava que ela deveria até ter me esquecido ou eu esquecido Ela por um longo tempo...
A sacerdotisa Naelyan Wyvern, da tradição wiccana Caminhos das Sombras, muito conhecida nas comunidades pagã e wiccana, diz que nós não escolhemos as Deusas que servimos, são elas que nos escolhem, e foi isto justamente o que aconteceu comigo, a Deusa me escolheu e como eu poderia não servir a Ela,  já que de tantas outras, Ela escolheu justamente a mim ...
Duvidei muito em relação a isso, mas pedi a Deusa provas do que Ela havia me dito, e foi então que recebi todas elas; sempre gostei muito de maquiagens, jóias, bijuterias, perfumes e todos elementos adornistas, mas nunca como agora,  e sem dúvida alguma, isto é um sinal da presença de Afrodite em minha vida; pesquisas sobre Ela vieram até mim e até pessoas falando Dela viram até mim.
Meu contato com Ela foi se estreitando, e conversas vão e vem entre nós. Dizem alguns pagãos que existem Deusas e Deuses mais silenciosos, mas diferentemente de todos Eles, Afrodite é comunicativa, falante e expressiva. É muito divertido e muito bom conversar com Ela, ela fala de assuntos abertamente e as vezes até me dá algumas broncas.
Afrodite fala muito comigo sobre as coisas que Ela gosta e os presentes e oferendas ideais para Ela, exemplos disso são os bombons Sonho de Valsa, velas cor de rosa e vermelhas, de preferência as aromáticas, jóias, maquiagens, espelhos, conchas do mar, perfumes adocicados, rosas, essências de canela, almíscar, lavanda e  jasmim.
Afrodite ama tudo o que é bom e belo, ama a cor rosa, vermelho e verde, que é a cor associada a Ela devido ao mito do nascimento, onde musgos iam e viam no balançar das ondas...

Espero que tenham gostado deste post e espero que leiam os próximos.
Beijos adocicados
Esthefany

A Deusa, as abelhas e o mel

Em vários países do mediterrâneo foram encontrados vestígios de antigos cultos (3000 a.C.) de uma Deusa das Abelhas, mas sem que sua exata identidade fosse conhecida. Gravações em tábuas votivas das escavações do templo cretense de Phaistos representam a Deusa como uma abelha, com cabelos trançados como serpentes e com um bico de pomba, combinando assim traços característicos de Athena, Ártemis, Afrodite e Medusa. Desenhos nas paredes do palácio de Knossos corroboram para comprovar a existência de uma Deusa das abelhas na antiga Creta minóica.
A Deusa cultuada na Anatólia (Ásia menor, 3500-1750 a.C.) era representada usando uma tiara em forma de colméia; o mel era considerado sagrado e usado para embalsamar os mortos enterrados em posição fetal em vasos chamados pythoi. ”Cair no vaso com mel” era a metáfora usada para morrer e o pythos era o ventre da Deusa na sua manifestação como Pandora, a Doadora, cuja essência sagrada era o mel.Vários mitos descrevem a restauração da vida após a morte com o auxílio do bálsamo de mel da Deusa. Deméter era chamada de Mãe Abelha e no seu festival Thesmophoria, reservado apenas às mulheres, as oferendas (mylloi) eram constituídas de pães de mel e gergelim em forma de órgãos sexuais femininos.
O símbolo de Afrodite do Seu templo em Eryx era um favo de ouro e Suas sacerdotisas eram chamadas Melissas, assim como também as que serviam nos templos de Deméter, Ártemis, Rhea e Cibele, nos cultos da Grécia, Roma e Ásia menor. Essas sacerdotisas exerciam funções oraculares, se alimentavam apenas com pólen e mel e recebiam o dom de falar a verdade da Deusa Abelha, que a sussurrava nos seus ouvidos.
As abelhas eram consagradas à Deusa desde a antiga civilização matrifocal de Çatal Huyuk (Anatólia) e aparecem nos mitos gregos como “pássaros das Musas”, atraídos pelo aroma das flores do qual preparavam o mel, considerado um néctar divino. Acreditava-se que as abelhas eram almas das sacerdotisas que serviram às deusas Afrodite e Deméter, acompanhando a passagem das outras almas entre os mundos.
O nome científico da classe das abelhas – Hymenoptera – que significa “asas de véu” refere-se ao hymen, o véu que ocultava o altar interno nos templos da Deusa, assim como sua contraparte no corpo da mulher, que é a membrana que veda a entrada para o seu santuário íntimo. A defloração era um ato sagrado realizado com a bênção da Deusa no seu aspecto de Hymen, a padroeira da noite de núpcias e da lua de mel, que tinha a duração de um ciclo lunar e menstrual. O noivo podia acessar a fonte de vida tendo relação sexual durante a menstruação da noiva, momento muito sagrado e poderoso.
No tantrismo o mito relata o batismo ritual (Maharutti) do deus Shiva no sangue menstrual da deusa Kali Maya, sua mãe e consorte, obtendo assim virilidade e poder. A combinação de sangue menstrual com mel era considerada antigamente o elixir sagrado da vida, o néctar criado por Afrodite e ingerido pelos seus sacerdotes e adeptos. Afrodite era reverenciada como a Mãe Criadora ancestral, regente da vida e da morte, do amor e da beleza, do tempo e do destino, conforme comprovam seus múltiplos aspectos como Asherah, Astarte, Inanna, Mari, Moira, Marina, Pelagia, Stella Maris, Hymen, Vênus, Urânia.
Na cosmologia nórdica o néctar de inspiração, sabedoria, magia e vida eterna era uma combinação de mel e do “sangue sábio” contido no caldeirão do ventre da Mãe Terra. Distorções patriarcais atribuíram em mitos posteriores a origem deste hidromel ao sacrifício de um deus pouco conhecido, Kvasir, formado do cuspe fermentado dos deuses e de cujo sangue misturado com mel formou-se o “elixir da inspiração” (uma clara analogia e adaptação da sua verdadeira origem, o sangue menstrual). No mito finlandês o heroi Lemmin Kainem, oferecido em sacrifício e enviado para o mundo subterrâneo da Deusa da morte Mana, foi ressuscitado pela sua mãe com a ajuda do mel mágico trazido pela sua protetora espiritual Mehilainem, a Abelha. Antigas seitas cristãs celebravam um rito de amor que incluía a ingestão da mistura de mel com sangue menstrual, para fins de renovação e renascimento.
O mel era valorizado tanto pelo seu aspecto sagrado, quanto por ser nutridor e preservador, como bactericida. Junto com o sal eram os únicos conservantes do mundo antigo e considerados agentes de ressurreição e transmutação. As abelhas eram símbolos do poder feminino da natureza, que criavam este produto doce e mágico e o guardavam em favos com estrutura hexagonal. O hexágono era considerado pela escola Pitagórica uma expressão do espírito de Afrodite (uma dupla deusa tríplice) e as abelhas reverenciadas como criaturas sagradas, que sabiam como formar hexágonos perfeitos. Nas suas práticas espirituais os adeptos de Pitágoras meditavam fixando a mente na estrutura geométrica do triângulo, do hexágono e dos ângulos de 60°, para compreender melhor os mistérios da simetria cósmica.
No folclore, as abelhas eram associadas tanto com a vida, quanto com a morte. Se abandonassem sua colméia, isso era um presságio nefasto para o dono; em caso de morte de alguém da propriedade, as abelhas deviam ser “avisadas” e imploradas para não irem embora, suas colméias sendo viradas depois na direção contrária à casa. Sonhar com um enxame de abelhas era prenúncio de desavenças e azar, mas o mel nos sonhos era um bom augúrio. Na Irlanda as pessoas compartilhavam seus projetos às abelhas por considerá-las mensageiras dos deuses, assegurando assim a prosperidade. Frases como “pergunte às abelhas que elas sabem” ou “use a sabedoria das abelhas” são comuns nas Ilhas Britânicas. A santa católica Gobnait (adaptação cristã de um aspecto da deusa Brigid) salvou sua paróquia de uma invasão segurando uma colméia nas mãos, o enxame de abelhas cercando e cegando os bárbaros.
No seu aspecto transcendental, as abelhas representam imagens da interconexão sutil e milagrosa da vida. A intrincada estrutura hexagonal, que guarda a dourada essência da vida, é uma equivalente da teia invisível da natureza que coordena todas as criaturas e coisas em um padrão harmonioso. O movimento incessante das abelhas para polinizar as flores e extrair seu néctar para ser transformado em mel, é um exemplo para os humanos trabalharem continuamente, para colherem os frutos dos seus esforços e transformá-los em sustentação e comemoração (os zangões são mortos após a dança nupcial com a abelha rainha por serem preguiçosos e comilões!).
Em um selo de ouro encontrado em um túmulo cretense de 4000 anos atrás, a Deusa e Suas sacerdotisas vestidas como abelhas aparecem dançando junto. A Abelha Rainha, cuidada e nutrida por todas as suas súditas, era a representação neolítica da própria Deusa; o zumbido das abelhas era visto como sendo a transmissão da voz da Deusa. O mel tinha um importante papel no ritual do Ano Novo minóico, que começava no solstício de verão, quando a estrela Sirius nascia junto com o Sol, momento mágico que assinalava o início da colheita de mel das colméias escondidas nas florestas e grutas. Fermentado, o mel virava hidromel, bebida sagrada usada em celebrações e rituais.
Os túmulos em Micenas tinham forma de colméias, assim como também era a pedra sagrada do templo oracular de Delfos, omphalos, que representava o umbigo do mundo. Mesmo depois deste templo inicialmente consagrado a Gaia ser dedicado a Apollo, a função orácular era sempre exercida por uma sacerdotisa – Pythia, chamada de Abelha Délfica. As colméias serviram de modelo para vários templos da antiguidade; o templo egípcio da deusa Neith era conhecido com “a casa das abelhas”, o mel servindo como símbolo de proteção e usado na consagração das fundações e no embalsamento dos faraós.
Uma imagem da deusa Maat a representa como abelha com grandes asas e segurando um pote com mel, augúrio do renascimento. A estátua de Ártemis de Éfeso, considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo, tinha inúmeras protuberâncias no seu corpo, cuja natureza não foi elucidada. Uma das teorias as considera seios, daí o nome de Ártemis com mil seios, outras teorias as vêem como frutas de palmeiras, berinjelas, cachos de uvas, ovos de avestruz, bolsas para amuletos ou cornucópias. Mas também podem ser interpretadas como os ovos que a Abelha Rainha deposita diariamente nos favos, Ártemis sendo vista como a representação da Deusa Abelha, cujo dom era gerar continuamente a vida e consagrar a morte como uma etapa que antecedia a ressurreição.
Atualmente bilhões de abelhas estão morrendo no mundo inteiro, sem que seja encontrada uma causa ou explicação, além da evidente e crescente poluição do meio ambiente e a destruição das espécies vegetais. A crise é um alerta global, pois sem abelhas diminuirá cada vez mais a polinização e a humanidade ficará privada de frutas e verduras, aumentando assim as ameaças da fome mundial.
Como mulheres que cultuam e reverenciam a Deusa, precisamos lembrar e refletir sobre a importância – mítica e mágica – do mel e das abelhas, consagrados à Deusa nas Suas várias manifestações das culturas matrifocais. Devemos honrar e invocar as bênçãos da Deusa Abelha com cantos, música, danças, oferendas de mel e orações, pedindo sua clemência para evitar a extinção das Suas súditas no planeta Terra.

Texto de : Mirella Faur