No final do século V a.C., os filósofos
passaram a considerar Afrodite como duas deusas distintas, não individualizando
seu culto: Afrodite Uraniana, nascida da espuma do mar após Cronos castrar
seu pai Urano, e Afrodite Pandemos, a Afrodite comum "de todos os
povos", nascida de Zeus e Dione.
Entre os neo-platónicos e, eventualmente, seus intérpretes cristãos, a Afrodite
Uraniana é vista como uma Afrodite celeste, representando o amor de corpo e
alma, enquanto a Afrodite Pandemos está associada com o amor puramente físico.
A representação da Afrodite Uraniana, com um pé descansando sobre uma
tartaruga, mais tarde foi tida como a descrição emblemática do amor conjugal, a
imagem é creditada a Fídias, em uma escultura criselefantina
feita para Elis, numa única citação de Pausânias.
Assim, de acordo com a personagem Pausânias
no Banquete de Platão, Afrodite são duas deusas, uma mais
velha a outra mais jovem. A mais velha, Uraniana, é a "celeste" filha
de Urano, e inspira o amor/Eros homossexual masculino (e, mais especificamente,
os efebos), a jovem é chamada Pandemos, é a filha de Zeus e Dione, e dela emana
todo o amor às mulheres. Pandemos é a Afrodite comum. O discurso de Pausânias
distingue duas manifestações de Afrodite, representadas pelas duas histórias:
Afrodite Uraniana (Afrodite "celestial"), e Afrodite Pandemos
(Afrodite "Comum").
Fonte: Wikipedia
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